Modo de preparo
Para as carolinas:
Numa panela, ferva 1/2 litro de ågua com 200 g de manteiga até
dissolver. Junte 1 colher (sopa) açĂșcar e 1 boa pitada de sal.
Coloque 400 g de farinha de trigo de uma sĂł vez e mexa
rapidamente. Cozinhe a massa por cerca de 3 min ou até desprender-se da
panela.
Deixe a massa esfriar.
Depois de fria, transfira para uma tigela de batedeira e vĂĄ
juntando aos poucos 12 ovos grandes e batendo até ficar um
composto liso e consistente. Deixe descansar pelo menos 30 min.
Passe a massa para um saco de confeitar e vĂĄ formatando as
carolinas dentro de uma assadeira untada com manteiga.
Asse em forno quente (200ÂșC) por 25 min e reserve.
Para o creme confeiteiro:
Na batedeira, bata 6 gemas com 150 g de açĂșcar e 1 pitada de sal
até esbranquiçar. Misture 60 g de farinha de trigo e, aos poucos, acrescente 1/2
litro de leite fervente e 1 colher (chĂĄ) de essĂȘncia de rosas. Transfira para uma panela e cozinhe em fogo mĂ©dio por 10 min,
mexendo sempre. Deixe esfriar.
Para a calda de caramelo:
Numa panela, coloque 5 xĂcaras (chĂĄ) de açĂșcar, 5 xĂcaras (chĂĄ)
de ågua e 10 colheres (sopa) de vinagre branco. Misture e leve ao fogo médio até a calda começar a dourar.
Retire do fogo. (Dica: faça a calda em duas vezes para evitar que engrosse
demais)
Para a montagem:
Fure as carolinas e recheie-as com o creme, usando o saco de
confeitar.
Passe as pontas das carolinas recheadas na calda de caramelo e
coloque sobre uma forma para secar.
Cubra um cone de isopor com 35 cm de altura com papel-alumĂnio e,
com o auxĂlio de um palito, prenda as carolinas recheadas atĂ©
cobrir todo o cone.
Obs: se quiser, nessa hora, regue com mais calda ou ganache de
chocolate.
Decore com pétalas de rosa e fios de ovos.
José AntÎnio de Vargas Dias Lopes é o autor do livro Canja do
Imperador, de onde a receita do dia foi tirada. Nela, podemos
conhecer a gastronomia atravĂ©s dos tempos. ReĂșne 76 contos com
hĂĄbitos culinĂĄrios de personalidades, como D. Pedro II,
Nostradamus, Marilyn Monroe, Freud, Balzac, Salvador Dali, entre
outros. Cada crĂŽnica traz uma receita.
O croque en bouche foi apreciado no baile de despedida do império
brasileiro, que aconteceu na Ilha Fiscal, no RJ, no dia 9 de
novembro de 1889. Para o grande evento, foram distribuĂdos trĂȘs
mil convites. O baile ficou célebre pela comilança e pelos
excessos. Houve serviço de bufĂȘ e ceia Ă francesa. Terminou Ă s 6h
da manhĂŁ.
Na elaboração dos pratos, trabalharam 40 cozinheiros e 50
ajudantes. Segundo dados históricos, foram consumidos: 18 pavÔes,
25 cabeças de porco, 30 fiambres, 50 peixes, 64 faisÔes, 80
perus, 100 lĂnguas de boi, 300 galinhas, 350 frangos, 500 perus,
800 kg de camarão, 800 latas de trufas, 1 mil peças de caça e 1,2
mil latas de aspargos. Além dos pratos inscritos no cardåpio,
existiam 10 mil sanduĂches e 12 mil sorvetes.
Foram bebidos 10 mil litros de cerveja e 258 caixas de vinho e
champagne.
Fonte: Ana Maria Braga
|